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Escolas de Minas Gerais querem impedir divulgação do resultado do Enem

Rio - O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) aciona nesta sexta-feira,  a Justiça Federal em Belo Horizonte para que o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não seja divulgado até que se resolva se o teste será anulado ou não.

O Ministério Público Federal (MPF) no Ceará pediu a anulação do exame após ser constatado que uma escola do Ceará divulgou antecipadamente em simulado 14 questões da prova. Na próxima semana, o Sinep-MG também acionará o MPF em Minas para pedir a anulação do Enem em todo país. Mais de 600 mil estudantes mineiros estavam inscritos para fazer o teste no Estado.

“Não questionamos o Enem. Ele tem que existir, mas questionamos a transparência e não é a primeira vez que temos problemas. Por causa da tecnologia, da internet, não sabemos a extensão do vazamento das provas”, explicou o presidente do Sinep-MG, Emiro Barbini. Ele diz que milhões de provas são impressas em uma única gráfica e o transporte  até mesmo por barcos no Norte do país facilita o vazamento.

Em Minas Gerais, há rumores de que o tema da redação já teria sido aplicado, semanas antes do teste, em uma escola do Ensino Médio em Belo Horizonte. A informação circula em redes sociais, mas ainda não ficou constatada alguma irregularidade.

O presidente do Sinep explica que o pedido de liminar para que o resultado do Enem não seja divulgado tem como objetivo evitar ainda mais desgaste. Um aluno aprovado que depois constatar a anulação do exame nacionalmente poderá até mesmo acionar o Ministério da Educação por se sentir lesado, por exemplo.

“Para ser justo a todos, tem que ser anulada (a prova do Enem). E divulgar o resultado piora a situação, pois o aluno já ficou prejudicado com ansiedade da preparação. É prudente e coerente, é de bom senso não ser divulgado o resultado”, afirmou Barbini. Questionado sobre sugestões para evitar problemas no Enem, o presidente do Sinep disse que já sugeriu e vai novamente propor ao MEC que o exame tenha coordenação regionalizada, por universidades federais.